Tsukihime: Nasu explica o desenvolvimento complicado do remake

Nasu abre o jogo sobre os problemas que a visual novel enfrentou.


Em entrevista ao portal 4Gamer, o escritor Kinoko Nasu falou um pouco sobre o desenvolvimento do remake de Tsukihime. Mais especificamente, o cofundador do estúdio Type-Moon abriu o jogo sobre os fatores que levaram o projeto a ser adiado múltiplas vezes.

De acordo com Nasu, ele começou a trabalhar na releitura da popular visual novel em 2008. O objetivo era simples: melhorar vários elementos da obra original que, apesar de popular, foi produzida por uma equipe pequena e resultou num produto que não agradou tanto o ambicioso roteirista.

Arte de Tsukihime: A Piece of Blue Glass Moon

No projeto “Tsukihime R”, Nasu viu a chance de recontar a história do primeiro sucesso da Type-Moon através de algo que fosse além da qualidade indie do título original. Em 2011, o trabalho no remake começou a seguir em frente, com 2012 vendo a conclusão de grande parte da trama e várias ilustrações criadas pelo artista e cofundador da Type-Moon, Takashi Takeuchi.

Com o desenvolvimento progredindo de forma estável em 2013, parecia certo que o jogo poderia ser lançado tranquilamente logo no ano seguinte. Essa previsão parecia tão correta na época que 2014 acabou sendo escolhido como o ponto no tempo em que a história recriada do remake se passaria, algo que permaneceu inalterado com o eventual lançamento do game em 2021.

Arte de Tsukihime: A Piece of Blue Glass Moon

As coisas estavam indo tão bem com o novo Tsukihime, entretanto Nasu não esperava que um outro projeto acabaria exigindo sua atenção. Se aproximando do ano previsto para o lançamento, a produtora Aniplex apareceu com a ideia de desenvolver um novo jogo mobile baseado em uma franquia da Type-Moon, o que viria a se tornar o popular RPG gratuito Fate/Grand Order (FGO).

Além da participação de Nasu como roteirista, Takeuchi ficou encarregado de supervisionar uma equipe de artistas para os personagens do mobage. Com isso, alguns anos se passaram e somente em 2018 o trabalho na visual novel começou a voltar, reiniciando-se completamente em 2020. No total, foram aproximadamente cinco anos de desenvolvimento, incluindo cenas CG, trilha sonora, roteiro, dublagem e conversão para consoles.

Arte de Tsukihime: A Piece of Blue Glass Moon

No fim, tudo deu certo e Tsukihime: A Piece of Blue Glass Moon finalmente foi lançado… apenas no Japão, claro. Como de costume, o título é mais uma visual novel da Type-Moon disponível somente em japonês, sem previsão de uma versão em inglês para o ocidente. Na entrevista, Nasu até chegou a mencionar que se o título recebesse uma versão para Steam, ele gostaria que fosse traduzido, mas ao mesmo tempo admite que isso ainda é algo difícil para o estúdio.

De qualquer forma, com o jogo lançado, a equipe responsável pelo Nasuverse agora se prepara para o futuro. Por ora, o restante da história de FGO tomará prioridade, mas depois disso o trabalho se voltará para a segunda parte do remake, intitulada The Other Side of Red Garden, e o que Nasu chama de “a terceira fase” da Type-Moon.

Arte de Tsukihime: A Piece of Blue Glass Moon

Surpreendentemente, o escritor encerra a entrevista dizendo que uma de suas vontades é criar uma sequência, algo como um “Tsukihime 2″, na forma de um RPG de mundo aberto. Embora isso pareça apenas um sonho no momento, Nasu lembra que a desenvolvedora agora possui um novo braço com seu estúdio BB, focado no desenvolvimento de jogos de outros gêneros. Sendo assim, quem sabe?

Tsukihime: A Piece of Blue Glass Moon encontra-se disponível para PlayStation 4 e Nintendo Switch no Japão. Já Melty Blood: Type Lumina, jogo de luta baseado na visual novel, chegará mundialmente no dia 30 de setembro para PS4, Switch, Xbox One e PC.

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Minato

Aspirante a escritor e jornalista. Minato é um amante de jogos, cinema, seriados, histórias em quadrinhos, música e tudo relacionado ao Japão. É uma fábrica de ideias que está sempre produzindo cada vez mais, apesar de não colocar nem metade em prática. Seus jogos favoritos são Persona 3, Okami, Steambot Chronicles, Shin Megami Tensei: Nocturne, Portal 2 e a série Kingdom Hearts.