The Caligula Effect: Overdose – Fantasia ou realidade, de que lado você está?


Lançado inicialmente para PlayStation Vita, The Caligula Effect surgiu com a premissa de ser um JRPG juvenil focado em retratar os mais diversos problemas da sociedade moderna, como traumas, ansiedade, assédio e depressão. O nome “Caligula Effect” deriva do termo psicológico “efeito Calígula”, que se refere ao desejo de querer ver ou fazer algo considerado proibido, característica presente não só no título, mas retratada também através das atitudes dos personagens do game.

O jogo foi escrito por Tadashi Satomi, conhecido por trabalhar nos três primeiros títulos da popular série Persona Persona, Persona 2: Innocent Sin e Persona 2: Eternal Punishment – e, como esperado do autor, presenciamos temas fortes e polêmicos, alguns vistos até mesmo como tabus. Coincidência ou não, um outro nome conhecido por participar de títulos da Atlus também esteve presente no desenvolvimento de Caligula. Tsukasa Masuko, ex-compositor da série Shin Megami Tensei, foi o responsável pela composição da trilha sonora do jogo em parceria com as cantoras Eriko Nakamura, Emi Nitta e Yuka Ōtsubo, que interpretaram as canções tema.

Imagem: FuRyu

Desenvolvido pela Aquria e publicado no Japão em 2016 pela FuRyu, The Caligula Effect veio ao ocidente somente um ano depois através da Atlus USA. Em sua semana de lançamento, foi o segundo título mais vendido para o portátil da Sony no Japão, totalizando 31.243 cópias vendidas.

Apesar das opiniões divididas e das notas médias, o jogo foi bem recebido entre fãs do gênero, ganhando um remake intitulado The Caligula Effect: Overdose para PlayStation 4 em 2018 no Japão. Para a alegria dos fãs, o jogo está vindo ao ocidente pela NIS America e estará disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch e PC em breve.

Imagem: PS4 Share

O remake Overdose, como o termo já indica, traz uma “overdose” de novas mecânicas e conteúdo adicional, como novos personagens, novas rotas, múltiplos finais, novas canções e, é claro, visual e processamento drasticamente aprimorados graças ao uso da Unreal Engine 4.

Será que The Caligula Effect: Overdose conseguiu superar seu título original e trazer aos jogadores aquilo o que prometia? Confira a nossa análise.

Um mundo ideal

The Caligula Effect: Overdose segue a mesma história de seu jogo original lançado para PS Vita. Nele, acompanhamos as aventuras de um grupo de estudantes do ensino médio através do mundo digital perfeito chamado Mobius.

Mobius foi criado por μ (“Mi” ou “Mu”), um programa de idol virtual de voz sintética que alcançou sensibilidade e autoconsciência. Após perceber o sofrimento dos humanos no mundo real, μ decidiu criar um universo digital onde as pessoas poderiam viver felizes para sempre.

Imagem: NIS America

Mas entrar em Mobius não é tão simples: somente aqueles que estiverem sofrendo e possuírem uma forte ligação com as canções de μ é que serão atraídos para o mundo digital, onde serão forçados a experimentar a vida colegial novamente.

“Mas como assim?” vocês me perguntam. É isso mesmo que você leu. Ao entrar em Mobius, as pessoas esquecem sua existência no mundo real e, independentemente de sua idade e gênero, são transformadas em estudantes do colegial. Isso talvez justifique porque todo mundo é praticamente igual, possuindo pouca ou nenhuma variação na aparência, com exceção dos personagens principais.

Imagem: PS4 Share

O universo digital ainda está em desenvolvimento e até então possui somente uma área física chamada Miyabi, onde a história se desenrolará. Miyabi tem diversos edifícios e terrenos, todos extraídos das memórias do mundo real de seus moradores. Temos aí outro detalhe que talvez possa explicar a existência dos espaços pequenos em alguns locais da cidade, como a área da estação de metrô Honmachi Station Square, ou os cenários repetitivos e demorados, como o distrito comercial Papiko. A μ ainda não teve tempo de criar tudo, afinal.

Percebendo que Mobius não é tão perfeito quanto parece, alguns estudantes começam a recuperar suas memórias e decidem se unir para retornar ao mundo real. Assim surge o “Go-Home Club”, onde iniciamos a aventura contra a idol μ e seu grupo de compositores popularmente conhecidos como “Ostinato Musicians”.

Qual será o preço da traição?

Um dos grandes diferenciais entre o remake e o título original é a possibilidade de escolha entre protagonista masculino e feminino, o que torna o jogo ainda mais interessante visto que o desenvolvimento da história e a reação dos personagens ao redor mudará conforme o sexo escolhido, além de existirem locais que somente o protagonista masculino terá acesso e vice-versa.

Imagem: NIS America

O remake também recebeu uma nova rota intitulada “Forbidden Musician”. Através dela o jogador poderá se transformar em um agente duplo para participar do Go-Home Club e do Ostinato Musicians ao mesmo tempo. Para isso, o protagonista receberá uma nova aparência e uma canção tema especial, já que todos os músicos do jogo possuem uma.

Não vou me aprofundar muito nisso para não dar spoilers, mas essa possibilidade certamente é uma das coisas mais legais do jogo. É bem divertido poder conviver com ambos os lados da trama e entender melhor os motivos que levaram cada personagem a agir de determinada forma. Isso deixa a história ainda mais imersiva e é normal nos sentirmos confusos a respeito de quem realmente é o vilão.

Imagem: PS4 Share

Ambos os grupos possuem personagens bastante diferentes, cada um com suas próprias dificuldades e problemas, o que faz com que seja praticamente impossível não se apegar pelo menos a um deles. Graças a isso, foram vários os momentos em que me vi sem saber qual seria a escolha certa. Inclusive, é importante tomar bastante cuidado e tomar a decisão somente quando tiver total certeza de sua escolha, pois trair a confiança de seus amigos pode trazer grandes consequências.

De que lado você está?

A versão Overdose também trouxe vários outros personagens para a trama, como Ayana Amamoto e Eiji Biwasaka ao Go-Home Club, Kuchinashi e Stork ao Ostinato Musicians, e personagens secundários, como Kouki Tadokoro e Himari Minamide. Apesar de não serem tão relevantes assim na história, tornam-se um ponto positivo para os fãs de visual novel e jogos de interação, visto que todos os personagens principais possuem “cenários” – ou rotas – desbloqueados através de interações e “encontros”.

Uma salada mista de mecânicas

The Caligula Effect se destaca principalmente pelo seu sistema de batalha diferente e inovador, não muito comum em jogos do gênero. Ao misturar elementos de um jogo de ação com RPG tático de estratégia por turno, o jogador poderá prever e visualizar as ações dos personagens antes que elas ocorram, confirmando ou alterando suas escolhas.

No canto inferior esquerdo é possível ver a ordem dos ataques escolhidos, enquanto o canto superior mostra a porcentagem de chance de acerto. Já no lado superior direito temos a linha do tempo com todos os comandos selecionados, bem como suas respectivas posições durante o turno. Dessa forma será possível adiantar ou atrasar um ataque e planejar melhor os movimentos no combate.

Imagem: PS4 Share

Assim como em outros jogos do gênero, os inimigos possuem propriedades e habilidades que podem ser contra-atacadas. Para isso, é necessário utilizar ataques que possuam vantagens sobre os golpes adversários. Um exemplo é a skill Shadow Pierce que pode ser usada para quebrar o escudo dos oponentes ou Vintage Strike que lança os inimigos no ar e interrompe o carregamento do golpe.

Conforme o número de integrantes do grupo aumenta, o jogador precisará estar atento às habilidades de cada um para customizar a ordem de movimentação dos personagens. Apertando “quadrado” enquanto estiver no menu principal será possível alterar a posição dos membros da party e escolher a ordem de preferência.

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Os grupos podem ter até quatro personagens e algumas de suas habilidades precisarão ser sincronizadas para fazerem sentido. Por exemplo, Shogo possui um golpe que só funciona quando o inimigo estiver no ar e, para a alegria de todos, só o(a) protagonista é capaz de lançar o adversário para cima. Caligula é cheio de detalhes e habilidades como essas que devem ser combinadas para obter melhor resultado em combate.

Além das habilidades padrões que podem ser de ataque ou suporte, existem também aquelas que são adquiridas utilizando Skill Points (Pontos de Habilidades). Os pontos são coletados ao subir de nível, derrotar inimigos ou entrar em contato com enigmas presentes no universo do jogo. Vale lembrar, no entanto, que eles são divididos entre todos os personagens do grupo, então pense bem antes de comprar alguma habilidade para não deixar outra mais importante para trás.

Imagem: PS4 Share

Os membros do grupo também possuem habilidades especiais chamadas de “Overdose Skills”. Essas habilidades são extremamente poderosas e ficam disponíveis sempre que o personagem estiver com a barra de estresse cheia. Cada integrante possui uma Overdose Skill própria, com animação e poder únicos, o que de início é bem divertido já que todas são diferentes e estilizadas, mas para alguns pode acabar se tornando repetitivo após um certo tempo, principalmente porque não é possível pular as animações.

Vale mencionar que as Overdose Skills não são habilidades recarregáveis em batalha, ou seja, não é possível utiliza-las sempre. A barra de estresse é preenchida aos poucos conforme enfrentamos inimigos ou submetemos os personagens ao stress local. Infelizmente, a barra não é visível ao jogador durante os combates e só é possível vê-la na aba “Status” dentro do menu do jogo. Mas fique tranquilo, pois é bem fácil saber quando esses golpes estarão disponíveis: o nome aparecerá no topo das habilidades dos personagens durante a batalha.

Imagem: PS4 Share

Outro diferencial é a ausência de equipamentos para os personagens, como armas e armaduras. Para melhorar os status será necessário utilizar Stigmas – estados da mente – que podem ser encontrados pelo mundo digital ou adquiridos em batalhas. Diferente dos stigmas presentes no jogo lançado originalmente para PS Vita, em Overdose os itens não possuem status negativos e podem ser utilizados para um efeito ainda maior.

O sistema de combate de Caligula Overdose é extremamente divertido, mas por outro lado alguns fatores acabam se tornando desgastantes e desmotivadores com o passar do tempo. Um deles é a falta de variedade de inimigos, visto que todos são estudantes do colegial – extremamente parecidos fisicamente – que acabaram sendo corrompidos e transformados em “Digiheads”.

Imagem: NIS America

As habilidades dos adversários em geral são sempre as mesmas e às vezes a dificuldade simplesmente parece não existir. Em alguns momentos até enfrentei os Digiheads sem pensar, escolhendo qualquer habilidade só para “acabar com a batalha de uma vez”. O que aumenta a dificuldade é somente o nível dos inimigos conforme avançamos no cenário, que liberam golpes mais poderosos e ganham mais HP, demorando mais para serem derrotados.

Com a quantidade de oponentes presentes nos mapas é até difícil não enjoar e pedir por inimigos diferentes, embora não sejamos obrigados a batalhar sempre. O sistema aqui é bem parecido com os da série Persona: se o inimigo te ver, ele ganha vantagem e pode começar atacando na frente. Para atacar primeiro, o jogador deverá ataca-lo por trás sem ser visto. Caso não queira combater, é só seguir seu caminho e ignorar qualquer movimentação estranha que por ventura venha a acontecer.

Imagem: PS4 Share

E não precisa ficar com medo de morrer, pois o HP e o SP dos personagens do grupo recuperam automaticamente após todos os combates. Tudo isso faz com que seja muito fácil subir de nível no jogo, tornando as batalhas contra chefes um tanto quanto sem graça – até mesmo porque os chefes em si não são lá grande coisa.

Ainda assim, é importante lembrar que The Caligula Effect: Overdose possui quatro dificuldades: Easy, Normal, Hard e Extreme. Se você, assim como eu, estiver achando o jogo fácil demais, vale a pena dar uma olhada no modo Extreme onde, segundo a descrição do próprio jogo, o jogador “morrerá imediatamente caso não esteja prestando atenção”.

Amigos para dar e vender

As similaridades entre Caligula Effect e a série Persona são imensas. Além do design dos personagens de Oguchi ser bastante parecido com o de Kazuma Kaneko e Shigenori Soejima, vários outros elementos do gameplay remetem à série da Atlus, como por exemplo, social links.

No RPG da Aquria, os social links existem de forma similar, mas ao mesmo tempo bastante diferente do que Persona nos apresentou até então. Intitulado Causality Link o sistema mostra o nível de intimidade entre o protagonista e os outros personagens do jogo, incluindo todos os personagens secundários existentes no universo de Mobius.

Imagem: PS4 Share

Além das rotas – ou cenários – dos personagens principais já mencionados anteriormente, é possível fazer amizade com mais de 500 (sim, quinhentos!) personagens distribuídos em vários cenários diferentes do mundo digital. Inicialmente, o protagonista poderá se apresentar e conversar com todos os estudantes, aumentando assim o nível de amizade no máximo até 3, também conhecido como “amigos”.

Ao fazer amizade com os alunos será possível liberar informações sobre eles, como traumas, segredos, detalhes da personalidade e até mesmo bônus de status – ou habilidade extra – para benefício do protagonista e do grupo, além da possibilidade de convidar o estudante para batalhar com você. No entanto, para desbloquear tudo isso será necessário conquistar nível 4 de amizade com os personagens – nível máximo também chamado de “Close Friend” – completando pedidos específicos através de um sistema de quests.

Imagem: PS4 Share

A ideia é muito interessante, principalmente pela existência de tantos atributos extras para o personagem principal e outros integrantes da party. No entanto, ter que fazer isso 500 vezes se transforma em algo extremamente desgastante com o tempo. É óbvio que isso é opcional, mas se você é daqueles que gosta de desbloquear todo o conteúdo existente no jogo ou simplesmente quer se tornar mais forte, prepare-se para sofrer.

Assim como em Persona 5, os personagens de Caligula Effect podem se comunicar através de um aplicativo para dispositivos móveis chamado WIRE. Ao compartilhar seu WIRE ID com outros personagens, ou seja, conversar com eles pessoalmente pelo menos uma vez, será possível enviar mensagens através do celular.

Imagem: PS4 Share

Isso serve não só para os personagens principais – que inclusive possuem um grupo no aplicativo de mensagens instantâneas – mas para todos os outros personagens existentes no mundo. É bizarro abrir o menu do celular e dar de cara com mais de 300 nomes na sua lista de contatos, mas se você gosta de interagir poderá aproveitar bastante o tempo enviando mensagens para 500 estudantes diferentes. Boa sorte.

Vale mencionar que os personagens secundários aparecem em Mobius com algumas informações relevantes em suas cabeças. Além do nome podemos ver uma porcentagem que indica quanto tempo falta para eles se corromperem e se transformarem em Digiheads, o nível de inimigo representado por “Lvl. + número” e o nível de amizade com o protagonista indicado com um losango amarelo. Aqueles que ainda não estiverem disponíveis para afinidade mostrarão um cadeado, como podemos ver na imagem a seguir:

Imagem: PS4 Share

É importante ficar de olho nessas informações para não se meter em uma batalha com alguém que seja mais forte do que você. Mas fique tranquilo, senpai, pois nem todos os estudantes são inimigos. Somente aqueles que estiverem corrompidos ou com porcentagem alta é que irão te notar.

Simples, porém divertido

Se você é fã de Persona, com certeza vai se interessar por The Caligula Effect: Overdose. Além de todos os elementos já citados, o título possui uma ambientação muito parecida com a série de RPG da Atlus. O universo escolar preenche grande parte dos momentos da trama, dividindo espaço somente com alguns pontos específicos da cidade, como o distrito comercial e a estação de metrô, só para citar alguns.

Imagem: PS4 Share

A trilha sonora do jogo também merece destaque, embora seja um tanto quanto repetitiva em alguns momentos. As canções alteram de acordo com o cenário, o que não seria um problema se os mesmos não fossem tão longos e demorados. Às vezes até enjoamos de alguns temas de tantas vezes que eles se repetem. Só para vocês terem ideia, fui obrigada a ouvir a mesma música por aproximadamente 6 horas de jogo.

Inclusive, vale mencionar que durante todo o momento de exploração as músicas tocam em versões instrumentais, mas ao entrar em combate a mesma canção ganha voz, lembrando bastante o estilo musical presente em títulos como Tokyo Mirage Sessions #FE e em jogos com personagens de Vocaloid. O lado positivo é que a voz da μ e dos outros músicos de Caligula Effect não são tão enjoadas quanto as da Hatsune Miku.

O jogo possui algumas cenas animadas que, junto com o gameplay em 3D padrão de jogos do gênero, apresentam a narrativa aos jogadores. Embora a presença dessas cenas seja bem menor do que estamos acostumados a ver em outros jogos similares, elas ajudam a deixar o universo ainda mais imersivo. O único problema é que em alguns momentos essas cenas parecem ter sido feitas de qualquer jeito, com personagens secundários mal trabalhados e um design esquisito, lembrando animes de baixa qualidade.

Imagem: PS4 Share

Ainda assim, The Caligula Effect: Overdose consegue ser bastante interessante para quem curte JRPG. O título possui vários defeitos, incluindo a demora para introduzir ao jogador algumas das mecânicas mais importantes do gameplay – como a barra de stress, detalhes sobre o causality link, entre outros mas ainda assim é capaz de prender os fãs do gênero através de um sistema de batalha diferente e divertido, personagens carismáticos e uma narrativa cheia de segredos e mistérios.

E se você se interessou pela história do Caligula Overdose, saiba que uma versão animada estreou em 8 de abril de 2018 no Japão com o objetivo de promover o novo jogo. Intitulada somente Caligula, a animação foi produzida pelo estúdio Satelight e está atualmente disponível no Crunchyroll com legendas em português.

The Caligula Effect: Overdose será lançado no ocidente para PlayStation 4, Nintendo Switch e PC em 12 de março deste ano.


The Caligula Effect: Overdose é um prato cheio para quem está aprendendo a língua japonesa. Possuindo somente áudio em japonês com legendas em inglês, o jogo traz diálogos simples e de fácil compreensão. Mas se você não curte anime ou vozes femininas forçadas no clássico estilo kawaii talvez seja bom ir com calma.

O jogo também possui savepoints em toda esquina, além de permitir acelerar – e até pular – os diálogos a qualquer hora. Para aqueles que não possuem muito tempo livre isso acaba sendo uma mão na roda, pois possibilita que o jogador aproveite o game em curtos espaços de tempo.

Análise produzida a partir de uma cópia digital cedida pela NIS America

Versão utilizada para análise: PlayStation 4 (base)

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Mio

Japão, joguinhos, comida, passeios, séries e muita positividade. ♡ Suas franquias favoritas são Bokujou Monogatari, Fatal Frame e Kingdom Hearts. Apesar disso, quando não está passeando ou assistindo séries, seu tempo livre é quase totalmente consumido por Ragnarök Online e Dead by Daylight.