Apesar de estar na indústria dos videogames desde sempre, a Nintendo não está livre de críticas — muito pelo contrário. Mesmo com uma legião de fãs fiéis, muitas de suas decisões são vistas como arbitrárias e desconectadas dos interesses dos consumidores, como se a empresa simplesmente não se importasse.
Com o lançamento do Switch 2, não faltaram discussões — preços dos jogos, valor do console, os famigerados “Game-key Cards” e por aí vai. E esses são só os assuntos mais frescos. Basta perguntar a alguém que não esteja completamente encantado pela Nintendo e a lista de reclamações cresce rápido.
Diante de tantas controvérsias, como será que a “Big N” costuma reagir? Será que publica uma nota oficial pedindo desculpas? Tenta justificar suas decisões em entrevistas? Lança uma atualização para corrigir o problema? Bom, segundo dois ex-funcionários, na maioria dos casos, a Nintendo simplesmente… meio que finge que não é com ela.
Kit Ellis e Krysta Yang foram os rostos do “Nintendo Minute”, programa oficial da empresa exibido no YouTube entre 2013 e 2021. Atualmente, a dupla comanda seu próprio podcast, onde comenta — com bastante propriedade — os bastidores e notícias da Nintendo.
Segundo Kit e Krysta, a reação da dona do Mario às críticas costuma ser simples: ignorar e esperar passar.
Kit: A Nintendo decidiu não engajar com esses assuntos. Isso é bem típico deles — simplesmente ignoram. A empresa não quer entrar naquele ciclo interminável de responder, irritar as pessoas, responder de novo, irritar ainda mais…
Krysta: Quando trabalhávamos na equipe de comunicação, esse tipo de situação surgia o tempo todo. Sempre rolava a discussão sobre como deveríamos reagir e, olha, em 99,99999% dos casos, a estratégia era não engajar. Fingir que nada aconteceu.
Kit: Tem algo na natureza humana — não é confortável, mas é verdade: se você só esperar, a maioria das pessoas para de se importar.
Quando a internet se volta contra a Nintendo, a resposta da empresa costuma ser uma só: esperar a poeira baixar. Segundo Kit Ellis e Krysta Yang, havia também uma mentalidade interna de que “a próxima coisa que fizermos vai deixar todo mundo feliz de novo” — e, com frequência, essa aposta acabava funcionando.
Até hoje, essa tática do silêncio ainda parece dar certo. Mas até quando? Para Kit Ellis, “as coisas podem ficar feias” se a Nintendo continuar agindo como se pudesse fazer o que quiser, extraindo o máximo de dinheiro de seus fãs mais leais sem dar explicações.
E você, está satisfeito com a Nintendo ultimamente? O que acha dessa estratégia de ignorar as polêmicas? Comente aí — a gente promete não fingir que não viu.
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